ZONA LESTE
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CENTRO
Por Beatriz Nantes, Cynthia Fernanda e Jorge Baldon
Revisão por Raissa Auxiliadora
BIBLIOTECA CENTRO CULTURAL
No início da década de 1990 começaram a surgir as primeiras intenções e movimentos por parte da sociedade, como a associação "Viva o Centro" do governo do município e do estado iniciaram o processo de revitalização do centro da cidade de São Paulo. O centro de São Paulo oferece diversos tipos de lazer para todos os bolsos, gostos, tribos e faixas etárias. A equipe da NewGen visitou alguns dos equipamentos culturais mais significativos da Zona Central de São Paulo: o Theatro Municipal, o Centro Cultural de SP e o Solar da Marquesa. Os locais estão situados próximos das estações do metrô, mas para os mais corajosos a distância de um para o outro é de menos de 3km de caminhada, onde é possível conhecer outros pontos turísticos da cidade. É necessário apenas disposição para se deslocar, separar uma garrafa de água, uma câmera para registrar as imagens deslumbrantes e, atualmente, uma máscara e o comprovante de imunização contra o coronavírus para poder entrar nos espaços.
O espaço do Centro Cultural de São Paulo (CCSP) chama a atenção por ser aberto e harmônico, transmitindo um ambiente eclético. O local oferece acesso e disponibiliza o espaço para as mais diversas manifestações culturais e a arquitetura, tem um estilo moderno conciliando o espírito de história e o seu terraço é um show a parte: aberto ao ar livre para quem gosta de ver um belo pôr do sol. Os desenhos rústico no piso, é um belo cenário para a arte, ao adentrar vemos uma breve exposição e textos explicando a origem dessa arte.
A principal atração do CCSP é a biblioteca com um acervo diverso: arquivos multimeios com um milhão de documentos escritos, impressos e fitas sonoras, dvds, filmes e fotografias, Coleção de Arte de São Paulo que conta com mais de obras de diferentes técnicas, Discoteca Oneyda Alvarenga oferece discos, cds, partituras, livros de música e hemeroteca e, por fim, o Núcleo Memória do CCSP criado para registrar e armazenar a memória do CCSP com mais de cinquenta mil registros. Após uma boa leitura, o espaço oferece um ambiente para lanchar e com a possibilidade de refeição no local.
Em geral é um passeio bem artístico e inspirador, tem um clima extremamente festivo, possui fácil acesso e a entrada gratuita. Vale lembrar que para aderir o cartão de biblioteca basta ir ao Centro Cultural com documento de identificação e comprovante de residência.
Foto: Beatriz Nantes/Agência Newgen
Foto: Beatriz Nantes/Agência Newgen
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THEATRO MUNICIPAL
Foto: Bruna Ferrão/Agência Newgen
Foto: Bruna Ferrão/Agência Newgen
O edifício do Theatro Municipal foi tombado como Patrimônio Histórico em 1981 e inaugurado em 1911, celebrando 110 anos em 12 de setembro deste ano. Para os transeuntes da região central, o Theatro Municipal impressiona devido sua magnitude arquitetônica, cujo projeto foi do famoso arquiteto Ramos de Azevedo que leva o nome da praça do próprio Theatro. Historicamente o Theatro também possui grande relevância, uma vez que sediou o evento que deu início ao Modernismo aqui no Brasil: a Semana de Arte Moderna, em fevereiro de 1922 e muitos outros concertos e artistas renomados internacionalmente, ao longo de seus 110 anos.
Alguns ingressos aos finais de semana são gratuitos, no entanto os mesmos esgotam rapidamente no site. A chegada do Theatro deve ser feita com antecedência, pois atrasos não são tolerados e ao chegar você poderá guardar seus pertences em um guarda volumes, após passar pelos protocolos de saúde em combate a propagação da covid-19. O uso da máscara é exigido e caso precise, a equipe do Theatro disponibiliza o equipamento de proteção individual, bem como álcool em gel para assepsia.
Ao chegar no auditório é observado uma curiosidade de como eram os assentos e as divisões por classes sociais: o primeiro seria o de mais alto cargo e consequentemente teria mais detalhes com uma visão privilegiada e no último andar fica bem perceptível que os detalhes são bem menores e ficavam ali as pessoas mais humildes. Hoje em dia esses assentos são vendidos com preços diferenciados de acordo com a qualidade de visão relacionado ao palco.
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MUSEU DA CIDADE DE SP/SOLAR DA MARQUESA DE SANTOS
Foto: Milena Campos/Agência Newgen
O Museu da Cidade - Solar da Marquesa de Santos está localizado na Rua Roberto Simonsen, 136, a cerca de cinco minutos de caminhada da estação da Sé e o espaço já foi a residência clássica do século XVIII e já foi conhecido pelo nome de Palacete do Carmo. Inicialmente o Palacete do Carmo foi residência de Domitila de Castro, a famosa Marquesa de Santos e no decorrer de sua existência, o espaço sediou, em 1975, a Secretaria Municipal de Cultura e do recém-criado Departamento do Patrimônio Histórico. Em 1941, o lugar foi tombado como monumento histórico e incorporado ao patrimônio municipal e hoje conta com atividades educativas, sendo uma delas a visita monitorada que pode ser agendada no site oficial do Museu da Cidade.
A equipe da NewGen realizou o agendamento e logo na chegada, após os protocolos de segurança para covid-19, nossa equipe foi guiada por um educador cultural. O primeiro pavimento ficou bem marcado pela vida que a Marquesa teve por ali, alguns itens que ela usou ficaram preservados até os dias de hoje, como por exemplo uma banheira. Outro item que foi preservado foram as paredes de taipa de pilão, importantes na construção da casa. Já para o segundo andar fica uma parte focada em exposições sobre o movimento indígena na cidade de São Paulo, com frases de línguas como Tupi, sátiras de diversos artistas e ainda uma espécie de ritual indígena. Lá tem também uma linha do tempo feita por jornais de toda a evolução histórica da escravidão no Brasil, com muitos detalhes do que se passava para as pessoas da época.
Diante de toda experiência vivenciada, observa-se uma diversidade muito grande em cada equipamento cultural presente na Zona Central de São Paulo, abrigando em si uma memória distante, ainda assim, atual e contemporânea. O acesso à cultura institucional é um dos pontos fortes do centro da cidade, o transporte público da região e a proximidade dos aparelhos favorecem essa rica experiência cultural mais do que eclética.
Foto: Bruna Ferrão/Agência Newgen
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